terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


O CAULIM E A SUA APLICABILIDADE

O caulim é um bem mineral que apresenta um vasto campo de aplicações industriais, em função de suas características tecnológicas, pois é: a) quimicamente inerte, b) macio e não abrasivo, c) branco ou quase branco (alvura), d) tem capacidade de cobertura quando usado como pigmento, e) reforçador para as aplicações de carga, f) apresenta baixa condutividade térmica e elétrica.

Segundo DA LUZ et. al (2003) “A rigidez nas especificações dos caulins depende do uso a que se destinam. A indústria do papel, divide os caulins em duas categorias de granulometria: fino com 90% < 2 µm e grosso com 50% < 2 µm.

1) O tipo carga (filler) deve possuir as seguintes especificações: 
· caulinita > 90%, teor de Fe2O3 e TiO2 < 1%
· baixo teor de quartzo (1-2%); 
· grau de alvura > 80%, 
· tamanho das partículas com 50 a 70% > 2mm

2) O tipo cobertura (coating) deve possuir as seguintes especificações: 

 · caulinita entre 90%, e 100%, teor de Fe2O3 (0,5 -1,8%)  e TiO2 (0,4 – 1,6%)
  · ausência de quartzo
· grau de alvura > 85%, 
· tamanho das partículas de 80 a 100% < 2mm
· viscosidade de Brookfield < 500 mPa.s.

A reciclagem do papel necessita também de uma nova aplicação desses tipos de caulim para sua segunda vida.

Para as aplicações em cerâmica são requeridas: plasticidade, cor, ponto de vitrificação (PCE), retração
linear e resistência mecânica à deformação. O caulim cerâmico deve possuir um teor de caulinta entre 75 e 85% e não ter minerais que afetem a cor de queima, como o Fe2O3, cujo teor deve ser menor que 0,9%, de modo que a cor de alvura, após a queima, esteja na faixa de 85-92%.

Para a indústria de cimento as especificações são menos rígidas, sendo a composição química importante.  O Caulim faz parte também da constituição do cimento Portland branco.

Em medicina, é usado como absorvente de toxinas do aparelho digestivo e como base para muitos desinfetantes. Na fabricação de borracha de alta qualidade, para a confecção de luvas para fins médicos. 
É usado também:

· na fabricação de  cosméticos sabões, pós dentifrícios e certos plásticos;
· como carga de gesso para parede,  revestimento de linóleos e oleados;
· na preparação de tintas e pigmentos à base de anilina;
· como veículo inerte para inseticidas, abrasivos suaves, endurecedor na indústria têxtil.

Substâncias inertes, como barita e talco, podem ser substituídas pelo caulim, em muitos casos. No futuro o caulim poderá ser empregado, em escala comercial, como fonte de alumina, na produção de alumínio metálico.

Fonte: PORMIN (Ministério de Minas e Energias)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


A PRESIDÊNCIA

Maria Aparecida Batista foi um das pioneiras a participar em 2008 na abertura da Cooperjunco. Na época trabalhava como garimpeira nas jazidas de quartzito, e numa assembleia entre os cooperados para escolha do presidente, ela foi uma dos indicados. No entanto, pela inexperiência de assumir o cargo de muita responsabilidade, decidiu ficar como diretora administrativa. Em votação o senhor Lourenço Quirino Mendonça tomou posse como presidente da Cooperjunco em 30 de abril de 2008.

O período da presidência de Seu Mendonça durou por pouco tempo. O mesmo teve que se ausentar por motivos pessoais, assumindo então o seu cargo o senhor Osmar Feitosa. Nesse mesmo período, houve alguns problemas administrativos e, mais uma vez, a pedido dos garimpeiros cooperados, em assembleia geral, Maria Aparecida Batista assumiu o cargo da presidência da Cooperjunco.




terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ROCHAS ORNAMENTAIS: A HISTÓRIA DO QUARTZITO DE JUNCO DO SERIDÓ



A história da extração do quartzito em Junco do Seridó, cidade localizada na microrregião do Seridó Oriental Paraibano, a 265 quilômetros de João Pessoa, remete ao final da década de 1980, com a chegada do artesão olindense Lourenço Quirino Mendonça, Também conhecido como “Seu Mendonça”. Ele observou que a cidade do Junco tinha um grande potencial e, resolveu investir no quartzito ornamental, “Vi a oportunidade de negócio com quartzito e, de comercializá-la com o segmento da construção civil”, disse Seu Mendonça. A cidade do Junco do Seridó é conhecida por seu grande potencial mineral. O quartzito é encontrado lá nas cores: vermelha, verde, ouro-velho, chumbito e salmão. Ciente das possibilidades do empreendimento, Seu Mendonça convidou alguns garimpeiros para trabalharem com ele, e resolveu abrir uma empresa de mineração na cidade. Em pouco tempo o mercado de minérios expandiu, e seu empreendimento já comercializava para alguns arquitetos, engenheiros e para empresas de outras regiões. “Fiz os mostruários e painéis dos produtos, e fui expondo-os na beira da estrada. O mercado foi surgindo e comecei a levar o material para Recife e Olinda”, diz Seu Mendonça. Outras pessoas seguiram o exemplo do artesão e passaram a expor pedras para venda às margens da BR-230. No entanto, sem ter noções de mercado, as pessoas estavam comercializando seus produtos de forma desorganizada e na informalidade. 


A situação do comercio de pedras em Junco já estava caótica. Por todo lado havia gente vendendo pedras, sempre na informalidade. Consciente do problema social e a degradação do meio ambiente, Seu Mendonça também observou que a informalidade dos mineradores na cidade já estava prejudicando o seu negócio. E foi nesse momento que decidiu fechar a sua empresa. A partir dessa experiência, ele percebeu que a solução desse problema seria fundar uma cooperativa, com vistas a organizar a produção e agregar valor ao material. “Naquela situação todos perdiam: o minerador porque passava o produto barato demais e não era reconhecido como trabalhador, e o município porque a mercadoria saía sem nota, sem imposto, sem nada” comenta seu Mendonça. 

As cooperativas são associações autônomas, em que as pessoas se unem voluntariamente para satisfazer necessidades econômicas, sociais e culturais comuns. Tais sociedades são de propriedade coletiva e devem ser democraticamente geridas. Com o apoio do SEBRAE e dos demais órgãos, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), em 16 de fevereiro de 2008 o senhor Lourenço Quirino Mendonça, funda a Cooperativa dos Mineradores que formam as Regiões do Seridó e Curimataú do Estado da Paraíba LTDA – Cooperjunco.