quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


A PRESIDÊNCIA

Maria Aparecida Batista foi um das pioneiras a participar em 2008 na abertura da Cooperjunco. Na época trabalhava como garimpeira nas jazidas de quartzito, e numa assembleia entre os cooperados para escolha do presidente, ela foi uma dos indicados. No entanto, pela inexperiência de assumir o cargo de muita responsabilidade, decidiu ficar como diretora administrativa. Em votação o senhor Lourenço Quirino Mendonça tomou posse como presidente da Cooperjunco em 30 de abril de 2008.

O período da presidência de Seu Mendonça durou por pouco tempo. O mesmo teve que se ausentar por motivos pessoais, assumindo então o seu cargo o senhor Osmar Feitosa. Nesse mesmo período, houve alguns problemas administrativos e, mais uma vez, a pedido dos garimpeiros cooperados, em assembleia geral, Maria Aparecida Batista assumiu o cargo da presidência da Cooperjunco.




terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ROCHAS ORNAMENTAIS: A HISTÓRIA DO QUARTZITO DE JUNCO DO SERIDÓ



A história da extração do quartzito em Junco do Seridó, cidade localizada na microrregião do Seridó Oriental Paraibano, a 265 quilômetros de João Pessoa, remete ao final da década de 1980, com a chegada do artesão olindense Lourenço Quirino Mendonça, Também conhecido como “Seu Mendonça”. Ele observou que a cidade do Junco tinha um grande potencial e, resolveu investir no quartzito ornamental, “Vi a oportunidade de negócio com quartzito e, de comercializá-la com o segmento da construção civil”, disse Seu Mendonça. A cidade do Junco do Seridó é conhecida por seu grande potencial mineral. O quartzito é encontrado lá nas cores: vermelha, verde, ouro-velho, chumbito e salmão. Ciente das possibilidades do empreendimento, Seu Mendonça convidou alguns garimpeiros para trabalharem com ele, e resolveu abrir uma empresa de mineração na cidade. Em pouco tempo o mercado de minérios expandiu, e seu empreendimento já comercializava para alguns arquitetos, engenheiros e para empresas de outras regiões. “Fiz os mostruários e painéis dos produtos, e fui expondo-os na beira da estrada. O mercado foi surgindo e comecei a levar o material para Recife e Olinda”, diz Seu Mendonça. Outras pessoas seguiram o exemplo do artesão e passaram a expor pedras para venda às margens da BR-230. No entanto, sem ter noções de mercado, as pessoas estavam comercializando seus produtos de forma desorganizada e na informalidade. 


A situação do comercio de pedras em Junco já estava caótica. Por todo lado havia gente vendendo pedras, sempre na informalidade. Consciente do problema social e a degradação do meio ambiente, Seu Mendonça também observou que a informalidade dos mineradores na cidade já estava prejudicando o seu negócio. E foi nesse momento que decidiu fechar a sua empresa. A partir dessa experiência, ele percebeu que a solução desse problema seria fundar uma cooperativa, com vistas a organizar a produção e agregar valor ao material. “Naquela situação todos perdiam: o minerador porque passava o produto barato demais e não era reconhecido como trabalhador, e o município porque a mercadoria saía sem nota, sem imposto, sem nada” comenta seu Mendonça. 

As cooperativas são associações autônomas, em que as pessoas se unem voluntariamente para satisfazer necessidades econômicas, sociais e culturais comuns. Tais sociedades são de propriedade coletiva e devem ser democraticamente geridas. Com o apoio do SEBRAE e dos demais órgãos, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), em 16 de fevereiro de 2008 o senhor Lourenço Quirino Mendonça, funda a Cooperativa dos Mineradores que formam as Regiões do Seridó e Curimataú do Estado da Paraíba LTDA – Cooperjunco.